terça-feira, 3 de setembro de 2013

A infelicidade na adolescência


Alcançar o estado de felicidade na adolescência depende muito de como se lida com a instabilidade física e mental comum nesse período. Os jovens, acostumados a prazeres facilitados pelos adultos na fase da infância, passam a ser cobrados pela sociedade e obrigados a assumirem uma postura de responsabilidade que na maioria das vezes não lhes agrada, principalmente porque se vêem desprovidos de ajuda.
As pressões sociais estão entre as causas mais comuns da infelicidade na adolescência. A família e os educadores pressionam os jovens para se preparem pro mundo dos adultos: uma profissão, uma emprego, um relacionamento sério, obediência às regras de conduta... e assim os planos de ser um adulto responsável e maduro acaba se tornando um caminho cheio de espinhos e desesperador.
Outra causa muito comum são os problemas de adaptação ao novo corpo e mente. Os adolescentes se sentem perdidos entre tantos modelos físicos apontados como sendo o ideal e as inúmeras linhas de pensamento. O medo de não ser aceito pelos outros muitas vezes trás pânico  e reclusão. A necessidade de ser diferente, de chamar a atenção através de sua imagem pessoal ou atrelada a um grupo faz com que muitos entrem em conflitos com o mundo dos adultos.
Destacamos também a falta de segurança, fruto da instabilidade entre o mundo infantil desprovido de responsabilidades e o mundo pré-adulto repleto de obrigações e isento de direitos. O adolescente reclama da falta de liberdade e independência, mas tem medo de enfrentar a realidade sozinho. A insegurança acaba gerando uma sensação de solidão.
Podemos citar também a dificuldade de conter os impulsos sexuais, que na maioria das vezes pode ser vista como imoralidade. A infelicidade pode estar ainda na frustração de um romance que não se concretizou como um conto de fadas, ou num simples sentimento de fracasso perante um rendimento insuficiente em algum desafio que a vida cotidianamente nos impõe.
A infelicidade do adolescente se manifesta através de atos de grosseria, do uso de vocabulário indevido, da exigência de bens materiais, do maltrato à sua aparência pessoal, do  desdenho com a família,  do desinteresse pelos estudos, etc.
Cuidado! A forma mais usada por eles para se livrar desses problemas é fugir de casa e tentar se virar para ganhar a vida. Nessa hora, o mundo dos vícios e das más companhias entram sempre em ação.
Devemos nos lembrar que a fase é passageira e mesmo tendo inúmeros motivos para perdermos a paciência, vale a pena tentarmos entender nossos adolescentes, com calma e sabedoria.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Meu filho enrola na hora fazer o dever

Ufa! Tempos difíceis esses em que temos que disputar a atenção do filho com as redes sociais, como se não bastassem o playstation, a TV e os aplicativos no celular.
A coisa fica terrível mesmo, na hora em que chamamos a atenção para a necessidade de fazer os deveres de casa e estudar. Não há santo que convença o adolescente a largar tudo e se dedicar aos estudos com bom humor.
Nessa hora a gente conta de um até três e respira fundo. Várias vezes. Mesmo assim há momentos nos quais nenhuma técnica ou conselho profissional consegue evitar um conflito. Para eles sempre é hora do lazer. Espere só um pouco... tô terminando aqui... já ouvi... e assim o tempo passa. Só que paciência tem limite! Ou quem sabe nessa fase deveria ter outro significado?
"O certo" é que não há um caminho certo a ser percorrido. Cada dia uma nova tentativa, um novo tipo de estresse ou com muita sorte e bençãos de Deus uma calmaria. Sim, há momentos nos quais os hormônios ficam adormecidos e eles conseguem agir com alguma maturidade.
Nos últimos meses tenho percebido o desinteresse do meu filho pelos estudos. Não é um desinteresse que gere vontade de não frequentar a escola. Pelo contrário, lá ele quer estar todos os dias para ver os amigos. Chega em casa e pouco tempo depois já quer ir conversar com os colegas nas redes sociais. E o pior de tudo é que quando me aproximo do computador vejo sempre no face as bolinhas todas verdes. Isso significa que a turma toda não está estudando na hora correta de acordo com a minha postura de mãe.
Bom, o que fazer? É meu dever obrigá-lo a estudar quando necessário? Sim. Mas não funciona querer obrigar, a menos que eu parta para a ação de dar uma chinelada e isso eu não vou fazer. Então, resta conversar e convencê-lo. Eis aí o problema que exponho aqui hoje. Como convencer um adolescente de que o estudo é mais importante do que a diversão e de que os amigos podem esperar pelo tempo livre?
Vi a indicação desse livro AQUI


Se alguém já leu me diga o que achou. Vou tentar ler e depois posto a minha opinião.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Sou mãe de um adolescente

Isso eu já havia percebido há alguns meses. Comecei a notar um certo grau de agressividade no tom das conversas, sobretudo em respostas para explicações de coisas que se esquece de dizer, de fazer, de mostrar e por aí vai...
Meu bebezinho cresceu. Virou um menino travesso. E agora, um adolescente. Não sei muito bem o que será dessa nova fase, mas me assusta um pouco ter que pensar em cortar, mesmo lentamente, o velho cordão umbilical.
Muitos dirão que é o início da SNA ( síndrome do ninho abandonado), mas não adianta, acredito que toda mãe tem que passar por essa fase confusa, para os filhos e para os pais.
Parece que foi ontem que o libertei da fralda, da mamadeira, do berço. Acho que nem observei direito seus brinquedos, seus cadernos da escola infantil, tirei poucas fotos de suas gracinhas. O exagero de ontem, hoje é insuficiente para matar a minha saudade de uma infância que passou como um piscar de olhos.
E agora estou aqui, tentando entender como, onde e porque.